A
trama se passa nos anos 20 em Nova York e em West Egg, Long Island. É em Long Island que moram o nosso
narrador, Nick Carraway, e o misterioso Jay Gatsby. Nick vem de uma família do
Centro-Oeste que havia sido rica, mas cuja fortuna havia acabado. Então ele se
muda para uma casinha espremida entre casarões na costa leste para trabalhar
com títulos. Gatsby é vizinho de Nick e mora em uma mansão espetacular, que
vive cheia de convidados e pessoas famosas entrando e saindo das incontáveis
festas lá realizadas. Muitas dessas pessoas nem conheciam o anfitrião, mas
frequentavam suas festas para desfrutar do luxo oferecido. Como Gatsby era de
fato conhecido por poucas pessoas, havia várias “lendas” a seu respeito. Sem
querer, Nick acaba se aproximando de Gatsby e passa a ser seu único amigo.
Conhecemos
o passado de Gatsby no decorrer da história, contado pelo próprio personagem ao
narrador. Assim como Nick, às vezes senti raiva e outras vezes senti pena de
Gatbsy. Não quero dar spoiler da história, mas me atrevo a dizer que Gatsby fez
muita bobeira, mas, no fundo, sua motivação era boa.
O
mais interessante, para mim, foi visualizar os anos 20 com a badalada elite
norte-americana, época que traz todo o glamour do jazz, dos artistas e das
festas, mas também os problemas da Lei Seca e do contrabando gerado por ela.
Apesar de ter gostado do livro no geral, o clima excessivamente festivo e a
futilidade dos ricaços começaram a me incomodar em certo momento. Mais para o
fim, quando o histórico de Gatsby é revelado e ele tenta reviver o passado, voltei
a ficar interessada.
Na
verdade, acho que o mote da história é: dinheiro não compra felicidade.
-
Vamos levar alguma coisa para beber? – indagou Daisy, da janela de cima.
-
Levarei uísque - respondeu Tom.
Gatsby
voltou-se para mim, rígido:
-
Não consigo dizer coisa alguma nesta casa, meu velho.
- A
voz de Daisy é indiscreta – observei. – É uma voz cheia de...
Hesitei.
-
Uma voz cheia de dinheiro – disse ele, súbito.
(página
107)
O
livro já foi adaptado para o cinema em 1974, com roteiro do próprio F. Scott Fitzgerald
e Francis Ford Coppola, e no ano 2000 ganhou uma versão feita diretamente para
a TV dirigida por Robert Markowitz. Está prevista a estreia ainda este ano de
uma nova versão dirigida por Baz Luhrmann. Quero ver essa versão de 74 e a de
2012. Então, fiquem de olho que elas aparecerão por aqui. Vocês podem encontrar a crítica da versão de 1974 AQUI, e o lançamento de 2013 AQUI.
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Este post faz parte do Desafio 7 Clássicos em 2012. Para ver minha lista de leitura, clique AQUI. Para conhecer as regras, ler resenhas de outros
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6 comentários:
Quero muito ler O Grande Gatsby, parece um livro bem interessante.
Gostei basante da sua resenha.
Beijos.
Arte Around The World
Então no geral o saldo foi positivo, não é, Michelle? Estou ansiosa pra ver o filme, principalmente pela trilha sonora, rs. Beijo!
Com medo do remake com Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e Carey Mulligan nos papéis de Jay Gatsby, Nick Carraway e Daisy Buchanan.
Acho que vou acabar lendo alguma coisa desse autor, ele tem me "seguido". Cada vez mais eu vejo coisa sobre. Tudo bem que faz um bom tempo que aconteceu o mesmo com Dostoiévski e eu ainda não li, mas..
e eu gostei do que você falou sobre a história, é do tipo que eu leria '-'
Oi Michelle!
Adorei o post!!
Morro de vontade de ler esse livro! A sua resenha me deixou bastante animada. :D
Também estou participando do Desafio de Clássicos.
Na verdade nem é um desafio, mas, sim, um prazer. :)
Muito bom o seu blog! Adorei conhecê-lo!
Beijoo!
Eu sempre quis ler esse livro... Lembro quando saiu essa coleção da folha que eu com meus 13 aninhos ficava enchendo pro meu pai comprar na banca... e esse foi justamente o que ele não comprou pq tinha acabado perto de casa. Tinha até esquecido dele... agora volta pra lista ;)
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