quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Resenha: O Mágico de Oz


Dorothy vivia no Kansas com seus tios, Henry e Emily, e com seu companheiro inseparável: o cachorrinho Totó. Um dia, a garota é levada por um tornado até uma terra estranha e então inicia sua longa jornada em busca do Mágico de Oz, o único que poderia levá-la de volta para casa. Pelo caminho, faz amizade com um trio peculiar: o Espantalho sem cérebro, o Homem de Lata sem coração e o Leão medroso.

Essa é uma daquelas histórias que todo mundo conhece, seja pelo clássico filme dos anos 30, pela recente aventura levada às telas em “Oz: Mágico e Poderoso” como prólogo ao filme original ou apenas de ouvir falar. Eu já tinha assistido à versão psicodélica de 39 e essa versão com James Franco no papel de Oz, mas sabe-se lá porque motivo ainda não havia lido o livro de L. Frank Baum. Aproveitei que o tema de agosto do Desafio Literário Skoob é “Livros com Bruxas para finalmente conhecer a origem de personagens tão familiares.

O que eu descobri é que, embora L. Frank Baum fizesse parte de um grupo de escritores que queria eliminar das histórias infantis a violência e o tom moralizante que caracterizam os contos de fada, “O Mágico de Oz” contém algumas cenas bem sangrentas, como uma sequência em que o grupo é atacado por lobos, depois por corvos e no fim por abelhas. Sem contar a própria origem do Homem de Lata, que teve partes do seu corpo decepadas por um machado e depois substituídas por peças metálicas. Perturbador.

Também foi muito bacana perceber que personagens como o Macaco Alado e a Bonequinha de Porcelana que aparecem em “Oz: Mágico e Poderoso” já faziam parte da história original de certa forma, mas haviam sido cortados do filme de 39. E o que dizer dos adoráveis sapatinhos vermelhos usados por Judy Garland no filme, mas que, na verdade, eram prateados? Anos de desejo de consumo de sapatólatra a troco de nada! Me senti enganada... hahaha.

Adorei conhecer detalhes da história concebida por L. Frank Baum, embora tenha achado a resolução dos conflitos boba demais. A tão temida Bruxa Má do Oeste era tão simples de matar que dá tristeza. Eu sei, provavelmente se tivesse lido a história quando era criança nem prestaria atenção nisso. Mas enfim... é um daqueles casos em que o prazo oportuno para a leitura passou faz tempo (para o meu azar). Mesmo assim, valeu pela curiosidade.

Aliás, falando em curiosidade: "O Mágico de Oz" faz parte de uma série de 40 livros, dos quais 14 fazem parte da série original escrita por L. Frank Baum, 19 foram escritos por Ruth Plumby Thompson e tinham uma pegada mais contos de fada, 3 saíram da mente de John R. Neill, que havia ilustrado os livros anteriores, Jack Snow criou 2 volumes, 1 foi obra de Rachel Cosgrove e o último ficou a cargo da dupla Eloise Jarvis McGraw & Lauren Lynn McGraw. Isso sem contar as histórias escritas por "historiadores reais" relacionadas ao universo de Oz, mas que não fazem parte das aventuras oficiais. É livro pra caramba!

Veja também: Tin Man (minissérie inspirada no Homem de Lata).

“O ciclone havia baixado a casa bem suavemente – para um ciclone – no meio de uma terra maravilhosa. Havia faixas de um lindo gramado por todo lado, com majestosas árvores trazendo frutas lindas e suculentas; ramos de maravilhosas flores por todos os cantos, e pássaros com plumagens diferentes e brilhantes saltavam cantando em árvores e arbustos. Um pouco à frente havia um pequeno riacho, que corria brilhante entre os arbustos verdes, murmurando num tom muito receptivo para a menina que vivera tanto tempo naquelas pradarias cinza e secas”.


Uma história de amizade e superação que faz parte do imaginário popular e que merece ser lida.

Este post faz parte do Desafio Literário Skoob 2014 - Mês de Agosto: Livros com Bruxas. Para ver a lista de obras selecionadas e outros posts do DLSkoob2014, clique AQUI. 

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Michelle! ;) Caramba, eu li esse livro há um tempão!! *___*
Não lembro mais os detalhes, mas fiquei fascinada com esse universo mágico e intrigante, onde nem tudo é o que parece ser!

O que mais me marcou foi uma frase dita ao Leão Covarde, mas que prefiro não reproduzir aqui, por causa do spoiler; mas acho que você sabe qual é.

Também fiquei pasma com a cor dos sapatinhos, porque eu também sonhava com um par vermelho. Até hoje só compro acessórios vermelhos e afins... rsrs

E eu amei o final! Fiquei de queixo caído.

Enfim, nem sabia que fazia parte de uma série de 40 livros. :O

Bateu uma nostalgia agora... <3

Bjs ;)

Anônimo disse...

Oi! Este é um dos meus livros preferidos! Este mês vou ler o terceiro: "Ozma de Oz". Ótima resenha.
Abraço!
caixinhadadea.blogspot.com.br

Lígia disse...

Nossa, eu li "O mágico de Oz" faz muito tempo, mas não sabia que havia outros livros sobre esse universo. Fiquei curiosa :)

Duane disse...

Nossa, eu fiquei bem surpresa com essas "novidades", e também fiquei indignada porque os sapatos eram de outra cor. Como assim?? Meu Deus, #chateada hahaha. Não sabia que existiam tantos livros nesse mesmo universo, será que alguém já leu todos? haha. Adorei a sua resenha Mi <3
Bjoos.

Anônimo disse...

Sério que o L. Frank Baum queria eliminar a violência das histórias infantis?! Bem, essas cenas que você citou passaram completamente despercebidas rsrsrs.
Assisti ao filme de 39 quando criança e li o livro ano passado... Michelle, acho que meu prazo de leitura está válido, pois adorei O Mágico de Oz <3 Fiquei empolgadíssima! *minha criança interior adorou, rs* Depois quero adquirir a versão comentada da Zahar.
Enfim, torço para que os demais livros sejam traduzidos e lançados por aqui!
Beijão!

Flávia disse...

A bonequinha de porcelana é uma graça. Eu já assisti ao filme de 39 (sabendo dessa data agora, fiquei espantada, rsrs) e ao "novo". E adorei que um complementa o outro. Fui achando que seria mais um remake e não!