Valente
é um jovem tímido, sonhador e romântico. Muito romântico. Um dia, ele encontra
a garota de sua vida por acaso, no ônibus. O problema é que, embora Dama fosse
a garota certa, o momento do encontro era errado: ela já era comprometida. Ao
longo dos 3 volumes de “Valente”,
acompanhamos as angústias, incertezas, decepções amorosas, paixões novas e
antigas, términos e recomeços de histórias de amor. Além disso, os livros
tratam de amizade, desde o melhor amigo que escuta todos os lamentos e dá
conselho até os camaradas que ajudam a elevar o moral em momentos de pé na
bunda.
Todos
os personagens de “Valente” são caracterizados como animais: cachorro, gato,
panda, macaco, etc. No entanto, a confusão de sentimentos mostrada nos
quadrinhos é essencialmente humana. Impossível não se identificar com as
situações vividas pelo cãozinho Valente e sua turma. Em maior ou menor grau,
todo mundo já sofreu com rompimentos, sentiu aquele frio na barriga de início
de namoro, passou um bom tempo na frente do espelho treinando frases de efeito,
devaneou imaginando o desenrolar perfeito de certas cenas amorosas.
[Clique para aumentar] |
Embora
as experiências de Valente sejam todas muito críveis e familiares, em certo
momento comecei a me irritar com sua carência extrema. Talvez tenha sido uma
mistura do fato de eu não gostar mesmo de gente melosa com a impotência diante
desse comportamento do protagonista, sabendo que ele ia se dar mal, querendo
fazer algo para alertá-lo, chacoalhá-lo para que deixasse de ser tão passivo.
Enfim... eu já tinha lido vários elogios aos quadrinhos e, até o fim da leitura
do segundo volume, estava achando tudo OK, bacana, mas não maravilhoso. E
então, no último livro, finalmente vi Valente desabrochar e tomar as rédeas de
sua vida. A transformação me conquistou e, como resultado, o volume derradeiro
da série ganhou a estrelinha que faltava para classificar a história como
ótima.
Por que ler “Valente”?
Porque,
além do tema universal dos amores juvenis, a história traz momentos hilários,
pitadas filosóficas e várias referências pop. Se a trama não for suficiente
para convencer alguém a ler a trilogia, vale apelar para o traço simples e
delicado de Vitor Cafaggi. Outro diferencial dos livros é que incluem, em suas
páginas finais, os personagens da história desenhados por convidados. Tem muita
coisa legal!
[Clique para aumentar] |
P.S. - Quando eu estava finalizando o post, descobri que entre agosto e setembro deste ano foi lançado o quarto volume da série: 'Valente para o que der e vier'. Estou curiosa para saber o que Valente tem aprontado...
2 comentários:
sou fã de Valente.
Tenho muita vontade de ler esses livros. O traço é adorável, mas acho que a carência do personagem também me irritaria :P
Postar um comentário