Um grupo de amigos se reúne numa casa de campo. Correria para terminar a preparação da ceia a tempo, briguinhas de crianças, lembranças da juventude, antigos desafetos. Parece apenas um natal como outro qualquer, mas tem um detalhe: este será o último antes da extinção dos humanos.
De acordo com o trailer (que é bem divertido), o filme é uma "comédia ácida" de natal estrelada pela maravilhosa Keira Knightley. Como não se interessar? Mas quando finalmente fui conferir a produção, vi que era um daqueles casos em que o trailer passa uma ideia totalmente equivocada do filme. Há momentos engraçados, mas nem de longe é uma comédia ácida. Na maior parte do tempo, achei bem deprimente. Histórias sobre o fim do mundo podem, sim, ser divertidas, mas não foi o caso aqui.
O elenco é o que segura o filme, que até tenta fazer umas críticas sobre políticas de exclusão de pobres e imigrantes e levantar questões sobre liberdade de escolha, mas tropeça feio numa coisa: passa a problemática mensagem de que a ciência às vezes erra, então não se pode confiar sempre nela. Sim, isso mesmo. Pandemia correndo solta, um bando de descerebrados questionando as vacinas com base em achismos, desgoverno querendo mais é que todo mundo morra mesmo e ainda lançam um filme com essa ideia torta. Olha... assim fica difícil, viu?
Para não encerrar o último post de filmes do ano trabalhada 100% no pessimismo, vou deixar uma dica: se alguém quiser ver um filme sobre nuvem misteriosa e mortal, assista ao francês “O último suspiro”, de 2018. É uma ficção científica com ação, suspense, drama e, o melhor de tudo, sem mensagem tosca anticiência.
Nota: 2/5
(Postado no Instagram dia 24 de dezembro de 2021)
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