Sofie é uma consultora de negócios contratada para melhorar os processos internos e as vendas de uma pequena editora. Max é o moço do TI nessa empresa. Logo em seu primeiro dia no lugar, Sofie se desentende com o rapaz. E ele, por acaso, acaba flagrando a nova integrante da equipe numa situação constrangedora também no primeiro dia. O que parecia ser apenas um caso de chantagem acaba se transformando num jogo divertido, porém arriscado.
Eu nunca tinha ouvido falar dessa série até pouco tempo atrás. Me interessei de cara porque: 1) É uma série sueca, mas não é policial; 2) Se passa numa editora; 3) São só 8 episódios de 30 minutos. Foi uma ótima descoberta!
Sofie e Max formam uma dupla maravilhosa. Eles lançam desafios um ao outro dentro da empresa. O intuito é quebrar regras sociais. E isso gera momentos hilários. Conforme a brincadeira vai escalonando, a relação entre eles vai ganhando força, e eles passam de colegas de trabalho a amigos e... talvez amantes?
O bacana é que os dois são pessoas bem diferentes. Enquanto ele é um jovem num trabalho temporário que divide apartamento com amigos para poder fechar as contas no fim do mês, ela é uma mulher bem-sucedida profissionalmente, tem marido e dois filhos. Mas apesar de aparentemente ter uma vida perfeita, ela está frustrada e vivendo no automático. Quando Max cruza o caminho de Sofie, ele coloca um pouco de cor nos dias dela e a faz reavaliar sua situação, restaurar traços de sua personalidade que ela foi eliminando para se encaixar na vida adulta, recuperar sonhos que deixou para trás. É uma verdadeira injeção de amor e anarquia!
Com um tom leve e divertido, a série da Netflix fala sobre estereótipos e papéis presentes na sociedade. Como a trama se desenrola numa editora, ainda há questões bem interessantes, como a resistência às mudanças, a influência das redes sociais, questões de gênero, luta de egos, etc. Um programa delicinha. Embora no imdb constem duas temporadas, por enquanto só a primeira está disponível.
Nota: 4/5
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