domingo, 16 de janeiro de 2022

Resenha: Nijigahara Holograph

Nijigahara é um terreno nos fundos de uma escola onde existe uma espécie de túnel. Há lendas sobre o lugar. Dizem que um monstro mora lá. Dizem que houve mortes ali. Uma garota escreve num diário sobre a área. O que surgiu primeiro: os textos da menina ou os rumores? O fato é que algo violento aconteceu no local e afetou a vida de vários alunos e professores. O que acompanhamos são fragmentos da história do ponto de vista de vários personagens, apresentados sem identificação do narrador e com trechos de passado, presente e futuro dessas pessoas. Ao leitor cabe encaixar esses cacos e formar o mosaico.

Demora um pouco até entender quem é o personagem narrador de cada pedaço da trama e a ordem em que as coisas aconteceram. Exige uma leitura atenta, talvez mais de uma. Mas não é impossível de decifrar. O ar de mistério combinado ao visual bonito torna o mangá interessante. Seria ótimo se não fosse mais uma daquelas histórias do tipo "meus pais se divorciaram, eu sofri e por isso torturo e mato mulheres" (não é exatamente isso que acontece, mas o personagem principal usa algo assim como justificativa para seu comportamento criminoso). Enfim... até são abordados outros assuntos pertinentes, como bullying, omissão e culpa. Mas para mim tudo ficou eclipsado com essa violência pseudojustificada de personagem perturbado. Não tenho mais paciência para esse tipo de coisa.

Comprei este mangá porque adorei "Solanin", outro trabalho do autor (tem resenha dele AQUI). Mas este foi decepcionante. Não recomendo.

Nota: 2/5

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