Hoje
é o último post da Saga O Doador,
que encerra a quadrilogia com “Son”.
Este volume se divide em três partes: a primeira conta a história de Claire adolescente e sua experiência
como Mãe Biológica; a segunda narra
sua transformação em Claire das Águas;
e a terceira é contada do ponto de vista de seu Filho.
No
começo do livro, acompanhamos a rotina da casa reservada às Mães Biológicas e
os horrores vividos por Claire, que teve uma gravidez conturbada e foi
dispensada por não poder mais cumprir sua função na sociedade. Assim, é levada
para trabalhar em uma unidade de criação de peixes. Sem saber o que deu errado
em seu parto, humilhada por não poder mais exercer a atividade para a qual foi originalmente
designada, sentindo-se deslocada em um núcleo de pessoas desconhecidas e com as
quais ela não se identifica, sua vida passa a ser uma farsa em que ela
interpreta a funcionária ideal, mas, no fundo, sua única ambição é encontrar
seu filho.
Com
muita persistência, ela acaba se aproximando da criança sob um pretexto
qualquer, mas sabe que em pouco tempo ele será designado a uma Unidade Familiar. Por força do destino,
mais uma reviravolta acontece na vida de Claire e ela vai parar em outro
povoado, levada pelas poderosas águas do rio. Sem memória e sem conhecer os
costumes locais, tem que se adaptar mais uma vez. Anos se passam, mas seu
propósito vital continua pulsante dentro dela, mesmo que ela ainda não tenha se
lembrado do passado. No devido tempo, a verdade vem à tona.
Enquanto
isso, seu filho vive em uma outra comunidade, e, embora tenha uma vida boa,
sente um vazio dentro de si. Seu plano é partir em uma jornada de
autoconhecimento, mas a empreitada acaba não dando certo. Por fim, seu azar se
mostra oportuno, já que em suas mãos vai parar o futuro dos habitantes locais.
Neste
quarto volume, Lois Lowry continua combinando elementos dos universos dos
livros anteriores, entrelaçando as histórias de personagens já conhecidos com
as de outros totalmente inéditos e de alguns que já vimos de relance. No
quesito amarração, não há falhas. Mas... o clímax da trama é fraco e o embate
final com o antagonista não emociona. O senso de doação dos protagonistas dos
livros anteriores não se repete aqui. Embora o Filho também tenha que usar seu
dom para proteger toda a população, o ‘chefe final de fase’ não oferece
resistência. E, na verdade, não há um sistema opressor que leve a atos de
rebeldia ou bravura. O drama é mais pessoal. Não combina com o restante da
série.
Para
ser justa, não vou dizer que tudo foi ruim. As duas partes que focam em Claire
são interessantes, principalmente a primeira, que retrata sua angustiante
experiência de parto e a decepção consigo mesma, junto com o desespero para
encontrar o filho. Mas é só.
Leia
ser tiver muita curiosidade ou TOC para encerrar uma série. Do contrário, pare
no terceiro livro. Sério.
3 comentários:
Pelas suas resenhas, Mi, fiquei com a sensação de que na verdade não é uma quadrilogia, mas sim livros separados sobre um mesmo universo fictício. É isso?
oie Mi
achei a trama um pouco confusa (ou a essa hora meu cérebro já não está assimilando direito o que eu leio rs). Mas fiquei curiosa pra saber se a tal mulher encontra o filho.
bjos
www.mybooklit.com
Concordo demais com você, Mi! A autora demorou um tempão pra terminar a série e quando terminou fez esse livro que não responde metade dos questionamentos!
E depois do terceiro livro, tão bom, esse é uma decepção ENORME!
Beijos grandes!!!!
Rê
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